A festa rave marcada para o Espaço Solaris Eventos, localizado nas proximidades do condomínio Alphaville, em Nova Lima, foi cancelada pouco após a abertura dos portões. A organizadora do evento, Boombay Brasil, recebeu o cancelamento do alvará de funcionamento municipal três dias antes da festividade que estava prevista para começar às 20h de sábado (19/3), adentraria toda a madrugada, continuaria durante todo o domingo e só terminaria na noite de 20/3.
Ao todo, estavam programadas 22 atrações musicais – inclusive internacionais – em uma estrutura de palco, cenografia e sonorização de grandes proporções. Com objetivo de propiciar tranquilidade e segurança dos quase 8 mil moradores de Alphaville, a Associação Geral mobilizou as autoridades públicas, equipes de fiscalização municipal, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e o representante do Poder Legislativo, vereador Álvaro Azevedo.
O presidente da Associação Geral Aplhaville, Ricardo Diniz, disse que quando a AG procurou a prefeitura, a administração pública afirmou que não havia alvará para promoção da rave. A Prefeitura cancelou o Boombar Brasil alegando que os organizadores – no processo de licenciamento – haviam informado horários diferentes da programação divulgada, praticado preços divergentes do proposto na requisição para a obtenção da autorização municipal e teriam vendido ingressos em quantidade superior ao limite de 5 mil pessoas. Contudo, o Corpo de Bombeiros emitiu laudo atestando capacidade de 8 mil pessoas; 7 mil entradas foram comercializadas.
"O advogado do Boombar, Rafael Albergaria, refutou as alegações e afirmou que está apurando responsabilidades, já que a prefeitura de Nova Lima concedeu o alvará de funcionamento anteriormente. "Vamos apurar se houve abuso das autoridades no indeferimento do evento. Será ajuizada ação indenizatória ao munícipio que atuou de forma discriminatória.", declarou. O proprietário do Boombar afirmou que o prejuízo foi de R$900 mil.
De acordo com o presidente da AG, Ricardo Diniz, apesar do cancelamento do alvará, toda estrutura foi montada pelos organizadores. "Os equipamentos de segurança e filmagem da Associação Geral flagraram a chegada de banheiros químicos e das diversas caixas de som de grande proporção que perturbariam o sossego dos residentes no condomínio”, destacou.
No momento que os portões da rave foram abertos, a AG, representada pelo presidente Ricardo Diniz e o advogado Renato Ourives, – acompanhada das forças de segurança pública – impediu a continuidade do evento, mesmo com cerca de mil pessoas no espaço. A empresa promotora do Boombar tentou, por meio de Mandado de Segurança, prosseguir com a festa. Mas, decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, indeferiu a liminar proposta.
Atualizado às 11:41, às 12:08 e às 13:28 de 20/3/2022
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